Faz um tempo que assisti ao filme "Direito de Amar" e há um tempo também estou com vontade de dividir com vocês a minha opinião pessoal sobre ele.
A história se passa nos anos 60 e mostra a vida de um professor universitário, George (Colin Firth), que depois da morte de seu companheiro de longa data, luta para manter a aparência de homem forte quando por dentro, está dilacerado pela perda.
Eu amei o filme. Mesmo. Achei de uma sensibilidade incrível e o jeito de contar a história muito criativo.
O personagem principal descreve sua vida como "uma constante sensação de afogamento", e essa sensação é representada por melancólicas cenas do professor na água. Essa "brincadeira" é uma das minhas preferidas.
Mas o melhor mesmo é que se trata de uma história de amor. Em nenhum momento Tom Ford (o diretor) pensa em chocar os espectadores com cenas de sexo selvagem, violência ou dramalhões. É simplesmente o retrato da experiência de um homem que perdeu o amor de sua vida, sua alma gêmea, e seria um romance mais do que convencional, se não fosse o fato de ser vivido por dois homens.
Cenas chocantes foram deixadas de fora não por se tratar de um casal homossexual, mas por sensibilidade. A intenção é tocar. E consegue. O filme acaba e nos deixa a impressão de que o amor entre os dois não poderia ser mais puro, mais real do que foi. Assim como a dor de George.
Colin Firth recebeu a indicação ao Oscar de melhor ator desse ano por sua atuação e não há como não concordar. Ao decorrer dos noventa minutos de filme, podemos sentir a dor da perda nas palavras, expressões e olhares de George.
Colin Firth é um dos meus atores preferidos, mas nem sempre gosto dos projetos dos quais ele escolhe participar, mas essa definitivamente foi uma decisão acertada.
Foi a estréia de Tom Ford na direção e eu espero que ele continue conciliando a carreira de estilista com o novo emprego em Hollywood.
Direito de Amar (A Single Man)
Diretor: Tom Ford
Elenco: Colin Firth, Julianne Moore, Nicolas Hoult, Matthew Goode
EUA - 2009
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